1 Depois dessas instruções, ele me levou de volta à entrada do templo. Vi uma corrente de águas saindo dos alicerces do templo, passando à direita do altar, ou seja, pelo lado sul. 2 Então me levou para fora do templo, pela passagem externa norte. Paramos do lado de fora da porta leste, que estava fechada. A corrente de águas corria por baixo dela, na direção leste. 3 Meu guia e eu acompanhamos a corrente, indo para o leste. Ele tinha na mão um fio; com esse fio, mediu quinhentos metros e então mandou que eu atravessasse o pequeno riacho. A água mal chegava aos meus tornozelos! 4 Continuamos andando em direção leste, e ele mediu mais quinhentos metros. Mandou-me atravessar o riacho mais uma vez, e a água já chegava aos meus joelhos. Depois de mais quinhentos metros, o riacho já era um rio cujas águas chegavam até a minha cintura. 5 Andamos mais quinhentos metros, sempre medidos pelo fio que meu guia levava. Agora o rio era tão fundo que eu só o consegui atravessar a nado. Já não era possível atravessá-lo andando!
6 Meu guia me disse: “Filho do homem, preste bastante atenção e guarde na memória tudo que viu!” Depois, ele me fez voltar, subindo o rio junto com ele. 7 Enquanto voltava, fiquei muito espantado! Às margens do rio havia muitas árvores! 8 O homem me disse: “Este rio corre na direção leste, atravessa o sertão da Judeia e deságua no mar Morto. Ele transformará o mar Morto, tornando suas águas puras e saudáveis. 9 Por onde este rio passar, a vida surgirá ricamente! Animais aparecerão em grandes grupos, e as plantas brotarão às margens do rio. Haverá peixes no mar Morto, porque as águas do rio tornarão puras as águas do mar; de modo que onde o rio fluir tudo viverá. 10 Às margens do mar Morto, em En-Gedi até En-Eglaim, os pescadores apanharão peixes e estenderão suas redes ao sol, para secar. O mar Morto dará tanto peixe quanto o mar Mediterrâneo; peixes de todos os tipos! 11 Os brejos e pântanos em volta do mar Morto não serão purificados; serão deixados para dar sal. 12 Ao longo das margens do rio, nascerão árvores frutíferas de todo tipo. Elas não perderão suas folhas, nem deixarão de dar fruto durante todo o ano. Produzirão seus frutos mensalmente, sem nunca falhar. A razão disso tudo são as águas que nascem debaixo do santuário do Senhor. Os frutos dessas árvores servirão para alimentar os povos da terra; as folhas servirão como remédio para curar as pessoas.
13 Assim diz o Soberano, o Senhor: “Estas serão as fronteiras da terra de Israel, quando ela for dividida entre as doze tribos de Israel. A tribo de José receberá duas partes. 14 As partes serão rigorosamente iguais para cada tribo. Eu jurei, com mão levantada, dar esta terra a seus antepassados. Vocês receberão exatamente o que eu prometi dar como herança a eles no passado!
15 “Estas serão as fronteiras da terra: “Ao norte, desde o mar Mediterrâneo, seguindo pelo caminho de Hamate, até Zedade.
16 Dali seguindo em direção a Berota e Sibraim, que fica a meio caminho entre Damasco e Hamate, indo até Hazer-Haticom, nos limites de Haurã. 17 Assim, a fronteira norte irá do mar Mediterrâneo até Hazar-Enom; essa localidade faz divisa com Hamate ao norte e com Damasco ao sul.
18 “A fronteira leste começará em Hazar-Enom, seguindo em direção a Haurã. Daí, acompanhará o curso do rio Jordão. Irá desde o mar da Galileia até o mar Morto, separando Israel de Damasco e de Gileade.
19 “A fronteira sul é marcada pela cidade de Tamar, ao sul do mar Morto. De lá, ela segue até as fontes de Cades, até Meribá. Das fontes de Cades ela corre até o riacho do Egito, e acompanha o riacho até chegar ao mar Mediterrâneo.
20 “A fronteira oeste será o próprio mar Mediterrâneo, desde o riacho do Egito até os limites do território de Hamate.
21 “Vocês deverão repartir esta terra entre si, conforme as doze tribos de Israel. 22 Distribuam a terra entre suas famílias; repartam a terra com os estrangeiros que vivem entre vocês, e criem seus filhos como se fossem israelitas. Vocês devem considerar essa gente parte do seu próprio povo, com os mesmos direitos que vocês têm. 23 Cada estrangeiro receberá seu pedaço de terra na parte destinada à tribo em que ele vive”. Palavra do Soberano, o Senhor.