1 Meu Deus, o Senhor sempre age com justiça quando apresento uma causa na sua presença. Agora eu gostaria de falar com o Senhor a respeito da justiça: Por que as pessoas más e desonestas prosperam? Por que os falsos e traidores vivem sem problemas?
2 O Senhor planta essas pessoas, elas criam raízes e enriquecem. Seus lucros aumentam a cada dia. Elas dizem ‘Graças a Deus!’, mas é tudo da boca para fora. O coração delas está longe do Senhor.
3 Mas veja o que acontece comigo. O Senhor conhece bem o meu coração, sabe como eu o amo. Ó Deus, arranque os maus como ovelhas destinadas para o matadouro! Separe-os para o dia do castigo!
4 Até quando nossa terra vai ter de suportar as maldades dessa gente? A relva do campo seca por causa desses pecados, os animais e as aves morrem porque os homens desobedecem a Deus, e eles ainda dizem: “Essas ameaças de castigo que Jeremias anda anunciando nunca acontecerão!”
5 A resposta do Senhor foi esta: “Se você se cansa correndo com homens — seus inimigos em Anatote — como vai aguentar uma corrida com cavalos? Se você tropeça numa terra segura, o que fará quando o Jordão inundar?
6 Até mesmo os seus irmãos e a sua própria família o traíram. Todos o criticam pelas costas. Não acredite em uma palavra do que eles disserem, por melhor que pareça!
7 “Eu abandonei a minha família, joguei fora a minha herança. Entreguei aquela que eu mais amava nas mãos dos seus inimigos.
8 O povo da minha propriedade tornou-se para mim como um leão bravo na floresta. Ele ruge contra mim, por isso eu o detesto.
9 O povo de minha propriedade tornou-se para mim como ave de rapina de várias cores. Ele será atacado por bandos de animais selvagens para o devorarem.
10 Muitos pastores destruíram a minha bela vinha, maltrataram a minha terra escolhida e fizeram dela um deserto devastado.
11 Deixaram a terra devastada e vazia; eu posso ouvir o seu choro triste. Toda a terra está morrendo, e ninguém se importa com isso.
12 Em todas as planícies do deserto os destruidores atacam. A espada do Senhor devora de uma ponta à outra do país. Ninguém consegue escapar da destruição!
13 O meu povo semeou trigo, mas acabou colhendo espinhos. Esforçaram-se muito, mas de nada adiantou todo o seu trabalho. A colheita deles de nada valeu, porque o fogo da ira do Senhor está sobre eles”.
14 Assim diz o Senhor a respeito de todos os meus vizinhos, as nações ímpias que atacam e roubam a herança que dei a Israel, o meu povo: “Eu vou expulsar todos vocês de suas terras, da mesma maneira como o povo de Judá vai ser levado para longe. 15 Mas depois de arrancá-los, terei compaixão de novo e trarei cada um deles de volta à sua própria terra, cada homem à sua propriedade e à sua terra. 16 Se essas nações passarem a viver como o meu povo e jurarem pelo nome do Senhor, dizendo: ‘Juro pelo nome do Senhor’ — como no passado ensinaram o meu povo a jurar por Baal — então eles poderão viver e se estabelecer no meio do meu povo, Israel. 17 Mas a nação que não quiser me obedecer será expulsa de sua terra mais uma vez e destruída para sempre”, declara o Senhor.